quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Hold me, darling, just a little while - Last kiss / Pearl Jam

Finalmente, voltei xD Este capítulo está um pouco menor que os outros, por causa de um motivo: bloqueio criativo xD~
Comentem e façam .moony. feliz o/*
Aí vai:


Capítulo 6 – Ops!

A tarde de quinta seria torturante para mim, pelo simples fato de que não sabia como olhar para o Walter e não pensar no bilhete do dia anterior, que, aliás, continuava no meu caderno, para ser relido quantas vezes fossem necessárias... Necessárias para o quê? Achei que ia acontecer exatamente o que tinha escrito no bilhete: ele ia continuar mandando pétalas, bilhetes e sabe-se lá mais o quê, e eu ia continuar fingindo que não sabia quem era. Parecia realmente o tipo de coisa que me aconteceria mais cedo ou mais tarde. Quem mandou ser tão idiota?

Para piorar minha situação, cheguei atrasado pra aula. Minha cadeira estava lá, marcada pela gigantesca mochila de Walter. Só prestei atenção nas pessoas que estavam falando na frente da sala depois de me sentar. Tinham começado as eleições para o grêmio e as chapas já faziam campanha nas salas. Eu nem teria me interessado no que eles estavam dizendo se não tivesse notado que o cara do S5 estava lá também, encostado à lousa. Tive a impressão de que ele me olhava.

Procurei não olhar mais pra ele e me virei para Walter.

- Oi.

- Hm? Ah, oi.

Foi um oi estranho. Ele estava aéreo, rabiscando tracinhos no caderno. Achei que seria difícil falar com ele depois do bilhete, mas não foi. Por algum motivo, ele não parecia mais ser o cara que me mandava pétalas. Não daquele jeito.

- O que foi? – perguntei, baixinho.

- Nada.

Nunca acredito quando uma pessoa diz “nada”.

- Diz.

- Não foi nada, já disse.

- Eu te conheço.

Ele suspirou, contrafeito, parou de rabiscar o caderno e olhou pra mim.

- A aula vai começar.

- Você nunca se importou com isso.

- Depois te conto.

Pensei em insistir, mas desisti. Ele contaria. Os representantes da chapa agora saíam da sala. O último a sair foi o que me olhava (ou que eu achava que me olhava).

- Conhece aquele cara? – perguntei pra Walter, me xingando mentalmente segundos depois por ter feito isso.

- Quem? Ah, é o Lucas. Quinto semestre. – ele respondeu, distraído. Algum tempo depois acrescentou: - Vamos sair daqui.

Hesitei. Eu não gostava de sair de sala assim, sem mais nem menos. Mas, por fim, fui com ele. Era por uma boa causa, afinal.

Andamos até o bebedouro mais próximo, e esperei que Walter resolvesse me dizer porque estava tão esquisito.

- Minha mãe vai embora. – ele disse.

- Como assim? Pra onde?

- Trabalhar no interior, onde precisam de médico, sabe como é.

- Aham.

O que mais eu poderia dizer? Não era a pior coisa do mundo.

- E a minha irmã resolveu de um dia pro outro que quer ir pra França. Simplesmente acordou num belo dia dizendo “Vou estudar em Paris. Tchau, a gente se vê!”.

Ok, agora estava piorando um pouco. Ele devia estar se sentindo abandonado.

- Elas me abandonaram. Me jogaram fora, não precisam de mim. – ele reclamou, choroso, com uma cara de criança sentida que quase me fez sorrir, mas consegui me conter.

- Não seja dramático. Elas só estão... sei lá, vivendo a própria vida e coisa e tal. Um dia você sairia de casa mesmo, não é? Ficaria “sozinho”. Foi só o processo inverso que aconteceu. Elas vão e você fica.

Ele não disse nada. Olhava pros pés. Dava pra entender porque estava triste, apesar de eu estar tentando consolá-lo. Eu ficaria daquele mesmo jeito se todo mundo resolvesse sair de casa e me deixar lá. Uma coisa é sair por conta própria, outra é ser deixado pra trás.

- Acho que é assim as mães se sentem quando os filhos vão embora, você não acha? – comentei, pensando alto.

- Deve ser. – ele respondeu, com a voz fraca. Tive medo que chorasse; eu não saberia o que fazer. – Vamos.

Voltamos pra sala num silêncio estranho. No corredor não pude evitar lançar um olhar à sala do S5. Não tinha muita gente; o professor devia ter faltado ou algo assim. O tal Lucas não estava lá.

- x -


Durante algumas horas consegui até esquecer o bilhete da noite passada. Ver Walter daquele jeito, cabisbaixo e desatento, me afligia. Mas eu não podia fazer nada, e o jeito era esperar ele ver que tudo ficaria bem.

Propus a ele que fôssemos da uma volta na faculdade depois dessa aula, até a outra começar. Fomos aos recantos mais escondidos que conhecíamos, ora conversando besteria, ora andando. Não acho que tenha surtido muito efeito, mas ao menos eu tentei fazê-lo se distrair...

Na volta para o nosso bloco ele disse que ia ao banheiro, e eu voltei para a sala sozinho. Olhei mais uma vez para o S5, e o cara ainda não estava lá. Eu nem sabia porque queria tanto vê-lo. Talvez fosse pra saber porque insistia em ficar me olhando, ou então para saber se ele realmente me olhava ou se era minha imaginação.

Perdido nesses pensamentos malucos, cheguei à minha sala meio distraído. Pensei que não tivesse ninguém lá e levei alguns segundos para perceber que estava enganado. Debruçado sobre a minha mesa estava um cara, aparentemente procurando alguma coisa na minha mochila. Devo ter feito algum barulho ao ver isso, por que ele se virou pra mim, um tanto assustado.

Era o cara do S5.

5 comentários:

RafaelGuimaraes disse...

hahahahahahaha. Eu sabia. *-*
sabia que era o cara do S5, e se mesmo assim ele apenas estivesse querendo roubar algo, eu ainda não gosto do walter *xuta o walter*
Faz ele ficar com o Lucas, meo.
Ele parece ser mais interessante que esse walter.
Vou exigir capítulos diários xD~

' Rôh disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
' Rôh disse...

Droga!
T odeio por vc me deixar nesse suspense, q custava dizer logo, pessoa do mal!
Trate d mandar esse "bloqueio criativo" ir dar uma volta e termine o cap. ou comece outro, sei lá.
=P

Larissa disse...

Ahhhhh !!! Finalmente tive tempo.! De volta a Blogosfera.! ahhh acabou já esse capítulo y.y??
Massa \o
já qro o outro |o|

bjuus =*

Strokes disse...

É muito massa esse fato de que não tem como fugir da ansiedade pra ler o próximo post. tipo...do jeito que ela escreve é tão massa que todos que lêem imploram por mais
somos os abutres que rodeiam a carne ainda fresca!
fazer o q? esse é o efeito Moony de escrever.::.