sexta-feira, 23 de maio de 2008

O ANKH


Desde o começo do ano venho me cobrando em me empenhar em algum projeto em que pudesse escrever, discutir, opinar. Já que ano passado o fazia constantemente em correspondências de cartas com Kamila(época em que estudávamos juntos). E considerando também que os contos e poesias que escrevo têm lá suas periodicidades, necessitando sempre de uma inspiração do além, fico feliz em voltar à ativa, através desse blog.

Por acaso hoje, visitei o orkut de um amigo, que parece ser ligado a algum desses grupos de magia, e tinha lá em seu álbum uns símbolos intrigantes que me chamaram muito a atenção, principalmente um em que ele descrevia ser a representação da sexualidade. Resolvi pesquisar, então, sobre o dito ‘Ankh’. (figura acima do texto) Leia:

"...o plano dos grandes edifícios religiosos da Idade Média, pela junção de uma abside semicircular ou elíptica ligada ao coro, adota a forma do signo hierático egípcio da cruz de argola, que se lê ank e designa a Vida Universal oculta nas coisas... Por outro lado, o equivalente hermético do signo ank é o emblema de Vênus ou Cypris (a impura)..."

(O Mistério das Catedrais – Fulcanelli)

Trata-se de um símbolo ligado à crença egípcia, que designa vários sentidos, principalmente a imortalidade, mas ainda (e eu explico já por que) a sexualidade. Sua forma se assemelha a uma cruz e por tanto, é identificado aqui no ocidente como Cruz egípcia.
Segundo relatos quem possui o Ankh tem o dom da imortalidade, em algumas situações é encontrado próximo a boca da figura dos deuses, onde significa o sopro da vida.
Também há alusão a esse, quando se trata de vampiros, posto que os mesmos sejam seres imortais; ao nascente-poente do sol, simbolizando o ciclo vital da natureza, entre outros. Foi agregado por movimentos ocultistas, esotéricos, por emergentes grupos hippies no final da década de 60, bruxos contemporâneos ou simplesmente como amuleto protetor de quem o carrega.

“Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e a subcultura gótica através do filme The Hunger - Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catarine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usando Ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi is Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, o Ankh e a banda Bauhaus, podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente através deste filme, o Ankh foi inserido na subcultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral.”

Mas apesar da introdução do Ankh, em tantas culturas distintas, ele não perdeu muito de seu significado primitivo lá da Idade Média.

Em relação à sexualidade é que a parte superior do Ankh possui uma forma oval onde os dois pontos opostos se unem, em intersecção entre os pólos, exatamente no centro do “laço”. Os pontos opostos significam o feminino e o masculino (fundamentais para a criação da vida) e a intersecção o fruto da união entre os opostos. – Explicado!
Infelizmente, nós, ocidentais temos conceitos errôneos em relação ao Ankh. O mesmo não esteve livre de atribuições com caráter negativistas de leigos que não conhecem sua verdadeira história e origem.

Espero que esse, por assim dizer, artigo ou nota de esclarecimento, tenha sido útil.

Mais informações: http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/ankh.htm


NAMASTÊ!!!

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