terça-feira, 13 de maio de 2008

Love is the irresistible desire to be irresistibly desired - Marck Twain

Bom, a partir de hoje o título de cada post meu será uma frase que achei legal, e que não precisa ter, necessariamente, alguma relação com o post. Estamos entendidos? Ok.
Semana passada assisti um filme chamado Sunshine - Alerta Solar. Algumas pessoas não gostam de filmes de ficcção científica, mas devo dizer que esse filme em particular é ótimo até pra quem não gosta.
A história é a seguinte: a Terra está congelando porque o Sol esfriou. Então, um grupo de astronautas (esse grupo inclui um psicólogo, um físico, enfim, uma ruma de gente... cerca de oito pessoas) parte numa missão cujo objetivo é jogar uma bomba no Sol para reativá-lo. Loucura? Sim, é muita loucura junta xD Aliás, o filme já começa com eles já no espaço, dezesseis meses depois da nave ter sido lançada.
O nome da nave é Ícaro II. A Ícaro I, que tinha a mesma missão que eles, não conseguiu jogar a bomba, perdeu a comunicação com a Terra e simplesmente desapareceu no espaço.
Aliás, o filme se passa quase todo no espaço. Só há uma cena na Terra, e eu não vou contar qual é xD
Pronto, não vou mais contar nada da história, senão revelo demais xD O que eu quero falar mesmo é sobre a beleza que eu vi nesse filme. Ele me lembrou muito o quarto volume de As Brumas de Avalon, O Prisioneiro da Árvore.
Quem leu e gostou sabe do impacto que esse livro causa, não é?
Agora você deve estar se perguntando: O que um livro sobre o Rei Arthur tem a ver com um filme de ficção científica muito doido?
Primeiramente, Brumas de Avalon não é apenas sobre o Rei Arthur. É um relato, claro que não real ou histórico (bem, quem sabe, não é? xD), sobre a transição para o cristianismo que aconteceu na Idade Média. Sobre como as religiões "pagãs" foram desaparecendo, e as pessoas tiveram de abadonar o culto aos seus deuses e deusas para dar lugar à nova religião que surgia.
No quarto volume surge na história o Santo Graal. Não como os cristãos estão acostumados a pensar, como sendo o cálice em que Jesus bebeu, mas sendo um dos objetos sagrados de Avalon (eles têm um nome específico, mas não me lembro agora...), assim como a Excalibur.
Segundo Brumas, as pessoas que não estão preparadas para vê-lo ou tocá-lo, morrem ao fazer isso. Eles não estão preparados para a luz. E, no entanto, a luz que o cálice emana é própria paz.

(quem não leu Brumas e não quer saber ainda o final da história, não leia o parágrafo abaixo)

Tanto que, Galahad (filho de Lancelote) morre ao ver o cálice/Graal, mas vê-se que a expressão dele era a de quem havia encontrado a paz, o sentido de tudo. E, no fim, Lancelote, já velho, parece também ter morrido ao ver o cálice. Não importando o que lhes acontecesse, eles viram a luz, sentiram o vinha dela.

Em Sunshine há algo parecido em relação a luz. Quase todos os astronautas da missão (tanto Ícaro I quanto Ícaro II) ficam fascinados pela superfície do Sol, a ponto de não se importarem com a morte. Ficam tão hipnotizados por ele que se deixariam carbonizar para ter apenas uma visão do Sol em 100% da sua luz.
É isso que Sunshine e Brumas de Avalon tem em comum; essa busca pela luz, pela paz. Como o psicólogo do filme disse, logo no começo, "a escuridão total é a ausência de tudo, mas a luz total é a presença de tudo, é se sentir envolvido, acalentado" por algo maior. Algo acima de nós. A luz total. Em 100% da sua luminosidade xD
E é isso...
Até mais.

Um comentário:

Patrycia Rodrigues disse...

nussa sinhura!!!
muito bom!!
cê sabe que te adoro moony!!
e adoro o que vc escreve!!
muito bom o blog aki
te amo moça!

;)