Baixei Breakfast with Scot (2007) sem muita expectativa, só pra ter uma comédia reserva, por assim dizer, pra quando estivesse cansada de me debulhar em lágrimas com os filmes ~mais sérios~. E qual não foi a minha surpresa ao assistir e adorar o filme? Acho que eu tenho que fazer isso mais vezes: assistir sem esperar muito. Enfim, vamos à sinopse.
Eric e Sam vivem juntos e um belo dia se veem meio que obrigados a cuidar de Scot (com apenas um "t" mesmo), filho da ex-namorada do irmão de Sam. A mulher morreu e Billy, o ex-namorado, é um enrolão que está demorando demais pra voltar do Brasil. Pra não deixar o menino entregue ao serviço social, Sam e Eric ficam com ele, mas não sabem muito bem como lidar com o fato de que Scotr usa as jóias e a maquiagem da mãe, etc.
Como a maioria dos filmes que tratam desse assunto (caras não-afeminados tendo que lidar com caras afeminados), Breakfast with Scot é uma comédia, mas não um pastelão caricato. Primeiro vamos reparar no fato de que estamos falando de um casal gay que não sabe como proceder com o menino; ou seja, já começa mandando beijos pra quem acha que todos os homossexuais são, necessariamente, afeminados. Outro detalhe importante é que Eric era um jogador famoso de hockey até se contundir e virar jornalista esportivo; ele é uma pessoa pública e não quer que ninguém saiba que ele é gay.
O filme é simples e segue aquela fórmula básica sobre como é importante ser diferente e se aceitar, mas eu achei muito bonitinho e delicado. A originalidade está na situação inusitada do casal, que literalmente não sabe o que fazer. Não é apenas a questão de Eric não querer ser descoberto, mas que eles morrem de medo de que Scot sofra por simplesmente ser quem ele é, e em determinado ponto eles acham melhor reprimir isso. Se você usar maquiagem, jóias e roupas cor-de-rosa os garotos da escola vão bater em você. Se você não gosta de esportes, eles vão rir de você. Existe um padrão a ser seguido pra que a gente possa ficar segura. É pra enrolar a cabeça de qualquer um, não?
Detalhe que, quando baixei, nem sabia que era canadense. São os filmes canadenses conquistando espaço no meu coração sempre -q
É isso, não tem muito o que falar. É um filme que vale a pena, tanto por ser levinho e despretensioso (não é um retrato fiel da realidade, mas dá uma aliviada nela) quanto pela atuação do Scot (Noah Bernett) que, gente, é um amor. Super recomendo.
2 comentários:
Interessante o filme, sendo que devido a este feriadão chuvoso, o filme é uma boa pedida...
Fique com Deus, menina Moony.
Um abraço.
Você falou tão bem que me deu vontade assitir!
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