sábado, 25 de abril de 2009

A vida é algo duro, que nos aperta muito e perpetuamente nos faz mal a alma

Passei uns três meses escrevendo uma carta pra Rebeca, amiga minha que mora nos States, lembram? (óbvio que não xD) Enfim... eu tive um surto de inspiração, finalmente terminei minha singela cartinha de dez páginas e enviei.

Só que enquanto estava escrevendo eu reparei numa coisa... Já faz alguns anos que só tenho amigos homens. Não é que isso seja ruim, mas às vezes você sente falta de uma amiga. Não que eu não tenha amigas agora, mas não tenho com elas a intimidade que tinha com outras que agora já estão beeem longe de mim – geograficamente falando.

Sabe, às vezes a gente sente falta de dizer “Vou ao banheiro” e receber como resposta um “Vamos” ao invés “Tá bom, eu espero. Mas não demora”.

Mas que se há de fazer...

Ah, lembrando que o aniversário de um ano do .status quo. é no dia 11 de maio. Tá pertinho e, confesso, não tenho muita idéia do que fazer. Nós tínhamos até alguns planos, mas to achando que não vai rolar =/ De qualquer forma, veremos...

Selo novo, indicado pela Kell:



Indico para Jellyfish, Sophie, Irracionalidade Racional, A máquina de escrever, Happy XD, Retilíneo, .das minhas convicções., O fantástico fusca verde, O guia gay, O amor não tem sexo e o novíssimo Oh My Girls! (não esqueçam que estou lá nas noites de terça).

Uma coisa importante: eu não tenho tido tempo pra passar no blog de todo mundo, espero que isso mude quando essa temporada de provas, seminários e derivados terminar =/

Sem mais tentativas de ser criativa, eis o capítulo onze de Pra não dizer que não falei de flores:



Capítulo 11 – Sequestro


Era a primeira vez que eu me sentia tão nervoso na véspera de um aniversário. Ao mesmo tempo em que ficava pensando no que Walter seria doido de fazer, eu também pensava que se focasse demais nisso ia acabar ficando decepcionado se ele não fizesse nada demais.
Com esses pensamentos angustiantes na cabeça, cheguei em casa na quarta-feira à noite completamente distraído. Mas antes de subir as escadas pro meu quarto, percebi que minha mãe estava falando na cozinha. Dei meia volta e fui até lá pra ver se era comigo. Ela estava no telefone.

- ...mas vocês tem certeza de que é tudo certinho lá? – ela dizia, sem perceber minha presença. Eu teria voltado ao meu caminho para o quarto, se não fosse a próxima frase. – Não, é claro que ele vai gostar!

Opa! Alarme de aniversário gritando!

- ... eu só quero mesmo saber se... Ah, Rodrigo, você tá aí! – ela se assustou, percebendo minha presença, e parecendo que fazia questão que a pessoa no outro lado da linha também percebesse e ficasse quieta. – Até lá então. Ah, de nada, querido. – e desligou rapidamente, com um sorriso amarelo. – E então, como foi a faculdade?

- Normal. Com quem você tava falando? – perguntei casualmente, lavando as mãos na pia e pegando um copo pra beber água.

- Ah... era um amigo do seu pai; ele estava me perguntando sobre uns hotéis. Não fica andando com essa mochila nas costas, tá batendo nas coisas! – ela falou, feliz por ter algo pra reclamar e me fazer esquecer o assunto.

- Hm... – resmunguei, bebendo minha água. Minha mãe não sabia mentir, mas resolvi dar um desconto e fingir que acreditava. Talvez ela estivesse combinando alguma coisa com parentes distantes que eu não via há dez anos.

- x -

Acordei terrivelmente cedo na manhã de quinta-feira. Ainda tentei dormir mais um pouco, mas não deu. Resolvi descer logo e tomar café, pra depois esperar as torturantes horas até que pudesse ver o Walter na faculdade, à tarde. Queria apenas poder beijá-lo e ficar conversando besteira num lugar confortável e discreto, onde não precisássemos nos preocupar com discrição e horário.
Na cozinha, meus pais já tomavam café. Depois dos abraços, beijos e parabéns de costume, me sentei à mesa também. Quase imediatamente após eu terminar meu café e levar a xícara pra pia, ouvi a campainha tocar. Bufei, achando que só poderia ser uma tia chata qualquer que estivesse de passagem pela cidade. Sabe-se lá porque, minha mãe riu e foi atender, nem parecendo se importar com o fato de ainda serem sete horas de manhã.
Mas então ouvi a voz dele no hall. O que Walter estaria fazendo na minha casa tão cedo assim? Meu queixo caiu ao constatar que ele estava realmente lá e não era uma alucinação, e antes mesmo que eu tivesse tempo de registrar mais alguma coisa na cabeça, Walter me puxou para um abraço absurdamente apertado, me dizendo “feliz aniversário”.

- O que você tá fazendo aqui uma hora dessas? – perguntei quando fui solto, registrando vagamente que ainda estava de pijama, e não conseguindo evitar um sorriso nervoso - Você não devia estar no estágio, seu doido?

- Tô de folga, oras! Também não sou escravo, não. Agora veste uma roupa, arruma a mochila que a gente tem que ir.

- A gente quem? Ir pra onde?

Foi aí que percebi que lá fora estava estacionado o carro vermelho da mãe dele, e que dentro havia umas quatro pessoas espremidas no banco de trás. Não dava pra distinguir quem eram, mas quando me viram na porta começaram a gritar “Parabéns, Rodrigooo” bem alto e a fazer bagunça no carro. Assustado, saí de vista pra que não acordassem a rua toda.

- Quem...? – comecei, mas Walter não me deixou terminar a pergunta. Ele me pegou pela mão e me puxou escada acima. Meus pais, convenientemente, se refugiaram na cozinha.

- Vamos logo, eu te ajudo.

Quando chegamos ao meu quarto, tranquei a porta e me virei para ele, que estava vermelho e ofegante da corrida até lá.

- Agora me explica que doideira é essa. Quem são aquelas pessoas no carro?

- São figurantes.

- São o quê?

- Figurantes, Rô! Olha, vou explicar... Eu liguei pra tua mãe...

- Ah, já vi tudo!

- Deixa eu terminar. Liguei e convenci ela a te deixar passar o dia com uns amigos da faculdade – inclusive eu, claro – num lugar.

- Que lugar?

- Espera! Aí depois de muito insistir, ela deixou e eu arranjei esse povo todo pra realmente parecer que nós somos um grupo. Olha lá, tem até mulher no carro, pra dar um toque de realismo. – ele apontou, afastando a cortina da minha janela pra que eu visse.

- Onde você arranjou essa gente? – perguntei, começando a rir.

- É o meu carisma contagiante. Agora você arruma uma mochila com algumas roupas, escova, pente, essas coisas básicas pra passar um dia fora. Aí a gente entra no carro, eu deixo o pessoal na faculdade, agradeço com um lindo sorriso a ajuda deles, e a gente parte pro paraíso juntos e felizes. Que tal?

Continuei rindo, nervoso. Que plano maluco! Ainda meio fora da minha consciência normal, abri o guarda-roupa e comecei a pegar algumas coisas e jogar na cama.

- Hoje é quinta, Walter. Tem aula e tudo o mais... Pra onde a gente vai?

- Não se preocupe com nada. E uma falta só não mata. Ei, essa camisa não, é muito quente. – ele reclamou, devolvendo a gola pólo que eu tinha pegado pro guarda-roupa.

- E pra onde a gente vai? – voltei a insistir. A cara dele me deu a certeza de que eu não teria a resposta tão cedo. – Como você convenceu a minha mãe?

- Já disse, tenho um carisma contagiante.

- Tá, sei...

Peguei umas roupas e entrei no banheiro pra me vestir, enquanto Walter ajudava a dobrar as que eu tinha jogado na cama. Aproveitando que ele não podia me ver, passei um bom tempo me olhando no espelho, conferindo se estava apresentável e, bom... bonito pro meu namorado.

- Rô, sai daí! Ainda tem muita estrada pela frente, anda!

- Estrada? – perguntei, saindo do banheiro e voltando a arrumar a mochila com as coisas que eu provavelmente precisaria pra essa viagem misteriosa. – A gente vai voltar hoje mesmo?

- No mais tardar, amanhã bem cedo.

- Amanhã? – exclamei, me arrepiando ante a perspectiva de passar uma noite inteira com ele. Virei a cara pra mochila, pra que Walter não visse meu insistente sorriso idiota.

Em cinco minutos nós descemos, nos despedimos dos meus pais sob vinte milhões de recomendações de cuidado e juízo e entramos no carro entupido de gente. Eu achava que já tinha visto aquelas pessoas de relance na faculdade, mas nunca tinha falado com ninguém. Sentado no banco da frente, evitei notar que havia mais alguém naquele carro além de mim e Walter, que dirigia na maior animação.
Chegamos na faculdade e os “figurantes” foram despejados lá. Walter e eu agradecemos a ajuda e seguimos o nosso caminho.

- Você contou sobre a gente pra esse pessoal?

- Não. Disse que precisava de uma ajudinha, porque nós tínhamos que ir pra esse lugar e encontrar outro pessoal e que seus pais não iam deixar se soubessem e etc.

- Hm... Odeio quando você diz “esse lugar”. Quero saber pra onde você tá me seqüestrando!

- Relaxa, Rô. Você vai adorar.

-----------

Até mais...

24 comentários:

Larissa disse...

Aiii que lugar é esse x.x'

Eii... sabe que eu tbm tenho praticamente só amigos homens... E amo demais isso. Nunca seti falta de amigas. As minhas amigas mesmo, ums duas ou três, tbm estavam longe. Só que nesse ano é que estou distante dos maus amigos =/... mais proxima de meninas. Mooorro de sentir falta dos meus amigos homens y.y.


;***

Patrycia Rodrigues disse...

tenho poucos amigos...de ambos os sexos...e sinceramente...prefiro ter amigos homens...são mais sinceros... e ser mulher entre um grupo homens tem vantagens...
a gente se sente protegida, e sempre somos o centro das atenções...seja falando besteira, ou pelo simples fato de estarmos quietas....
Mas há sempre aquela amiga q vc tem q ter, pra contar o q aconteceu, como aconteceu, pra combinar de ir com uma roupa...ou até mesmo pra ir ao banheiro juntas...rsrs

P.S.:não to não longe assim moony!!
te Amo segunda amiga mais antiga!!


XP

Anônimo disse...

Oie não sei se isso acontece com tds mas assim como a Larissa, tbm tenho mais amigos homens do que mulheres, não sei pq, mas eu tenho poucas aigas mulheres!
como dizem as vezes mulheres são muito competitivas entre si, isso não é bom entre amigas;]
beijosss

homero luz disse...

Bem fica dificil opinar sobre amizade já que sou u nerd e anti social, rsrsrsrs, massei lá acho que são modos diferentes de encarar a amizade e mulheres quando são aigas de homens se comportam como tal no sentido de companheirismo e coisas assim esquecendo aquelas picuinhas tipicas de grupos de mulheres.

disse...

Caraca, 10 páginas? Oo rs

Mah disse...

*-* to me apaixonando pelo Pra dizer que não falei das flores cada dias mais *o*

Fernando Snakepit___ disse...

kkkkk,poxa legal seu post
tenho uma amiga que reclama da mesma coisa de vc,soh ter amigos homens
ah,e sobre o Pra nao dizr que nao falei de flores,nao peguei do começo,mas tohacompanhando e toh achando muito show
esperando o proximo sair no blog viu
bjao

.ana disse...

moony! entendo dessa coisa de amigos homens! tb tenho vários, e compreendo isso aqui muito bem: "às vezes a gente sente falta de dizer “Vou ao banheiro” e receber como resposta um “Vamos” ao invés “Tá bom, eu espero. Mas não demora”."

hahahahha.. é bem assim!


tb ando na correria e, além de tudo, quase perdi orkut, blog, msn... tinham roubado minha senha, mas depois de muito tentar, recuperei.
afffffff.
isso que cuido bem do pc e td mais... imagina se não?

beijos!!!!

.ana disse...

*corrigindo: msn não... orkut, blog e gmail. e ponto.
[credo, cabeça tá pifando a essa hora já...]


aproveitei e li os comentários... um monte de meninas com a maioria de amigos homens! o_0
pq será, hein???...

:**

Pattinha disse...

eu acho que também sentiria falta da amiga pro banheiro, é quase uma obrigação moral, a gente é obrigada a acompanhar e é sempre uma festa lá dentro lol

beijo*

O amor e etc. disse...

Estava falando sobre isso em uam comunidade sobre homossexuais!
Eu nunca consegui ter uma migo homem, por mais que eu esteja quieto e calado em um lugar, sempre as mulhrees vem falar comigo, unsd querem dar em cimaa, mas sou sempre tão educado que viramos amigos intimos.
Queria ter amigos heteros do sexo masculino

E obrigado pelo lance lá do selo.

Lara disse...

humm... Gostei desse blog.
depois voltarei por aqui.
beijos

Anônimo disse...

estou me candidatando ao cargo... é verdade amigos homens é muito bom, mas nada como uma mulher pra acompanhar e etc.. rsrs ^^ bju moony um dia agente se bate hihihi

Caio Santiago disse...

Bom, eu tenho mais amigas que amigos... ahahahah estranho isso né, mas eu particularmente acho mulher mais .... hum..... não sei uma boa palavra pra isso, mas tipo, os amigos que tenho tão preocupados em ir pra balada e pegar todas, e eu não sou disso ( a maior parte do tempo pelo menos )... Prefiro ficar trocano ideia de verdade, e parece que a maioria dos amigos que tenho, não tem essa habilidade muito desenvolvida ahahha..
Bom, boa semana pra ti...
Beijosss

Cruela Veneno da Silva disse...

3 meses depois vc teve que reescrever e reenviar por causa da revisão ortográfica?

Vitor Martins disse...

Obrigado pelo selo *-*

Denise Machado disse...

Então.
Me identifiquei de um tanto com tudo isso aqui...
Se eu tivesse um canudinho...
Se eu pudesse liquefazer...
Eu bebia até ficar de porre!

Visitei cada blog indicado. Vc tem bom gosto.

Sara Fidiró disse...

Muito bonito.

Beijos

Anônimo disse...

que seria então?
ah, conta, conta!!
rs
bjus de bom feriado!!!

Maria disse...

Oi querida. Coincidência, sinto esta mesma falta. Só tenho amigos, um tom de rosa faz falta...rs

Meu beijo

Luana Gabriela disse...

tbm sinto falta^^

me sinto igaul vc^^
beeeeeeijo

Luyza ϟ disse...

Moooony! *-*
Ah, que saudade de receber uma carta. Vou te dar meu endereço só para ganhar uma! AHSUAHUSAH. Eu também tenho mais amigos do que amigas, não sei bem a razão... É bom sentir a proteção de irmão deles, e o respeito que eles têm por nós, né? Neste ano acabei me afastando deles, mas conversar no banheiro feminino é algo que não tem preço... Ah, muito obrigada pelo selo *-*
Saudade de comentar aqui - estou meio sem tempo...
O status é sempre uma forma ótima para desopilar - é muiito bom! :)
Beijo para você e para o Rôh - sumiu também ;~ :**

Daniel Savio disse...

Também estou curioso para saber que lugar é este...

Fiquem com Deus, menina Moony e menino Rooh.
Um abraço.

Vanessa Kayren Araújo disse...

Uiaaaaaa continua continua!!!!! Ta cada vez melhor... Excitante eu diria. Muito bom mesmo!!! Milhões de beijos. Continua logo

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